Na reta final Lula desata nó com PSB, faz aproximação com MDB, PSDB,  PSOL, Rede e aguarda Ciro Gomes

A pouco mais de dois meses para fechamento das grandes decisões políticas para as eleições de 2022, como mudança partidária, formação de federações e coligações majoritárias, o ex-presidente Lula, que ainda “nem sabe se será candidato”, intensifica a agenda com governadores e lideranças partidárias em luta frenética para faturar a eleição presidencial ainda no dia 2 de outubro, daqui a oito meses. Um sopro de tempo para eleições praticamente gerais.

         Nessa empreitada, como costuma dizer o governador do Maranhão Flavio Dino (PSB), “é no andar da carruagem que as abóboras vão se arrumando”. Em Pernambuco, onde há abóbora demais e também onde parecia que haveria grandes dificuldades para as abóboras se arrumarem tudo começa a se arrumar e a carruagem da esquerda comandada pelo PSB/PT deverá seguir com o candidato a governo do PSB e a deputa federal Marília Arraes (PT) como candidata ao senado.

         Pernambuco era o grande nó no Nordeste a ser desatado pelo petista, porque faz parte das principais exigências para que o PSB siga com Lula ainda no primeiro turno da eleição presidencial. Por lá, parece que as “abóboras” já se arrumaram.

Agenda frenética

Lula e Randolfe Rodrigues

         Nos últimos dias Lula tem se dedicado a agenda frenética. Desde sexta-feira, já conversou com o senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), a quem fez convite para compor a equipe de campanha presidencial. Uma tentativa de atrair o partido de Marina Silva que deseja seguir com Ciro Gomes, mas que está sendo demovida da ideia.

         A reunião com Randolfe pode ser o empurrão que Marina precise para mudar de ideia. Randolfe tem peso dentro do partido. É o único senador do partido. O outro senador eleito pela Rede era Fabiano Contarato (ES), que deixou a Rede Sustentabilidade e que se filiará ao PT nesta sexta-feira, 28/01.

Zé Dirceu vai Alagoas por 1% de votos

         Na eleição de 2018 Marina Silva teve 1% dos votos. Foi exatamente por 1% a 1,5% dos votos do MDB que o líder petista José Dirceu (ele mesmo) esteve em Alagoas recentemente para ver Renan Calheiros. O encontro ocorreu em Barra de São Miguel, onde o senador tem propriedade. Dirceu foi insistir com Calheiros que pressione o MDB para não ter um candidato a presidente da República.

            O partido de Calheiros tem a senadora Simone Tebet como pré-candidata a presidente da República. Pontua entre 1% e 1,5%.

         Nesta terça-feira (25/01) Lula recebeu o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB). Na pauta, as discussões sobre as eleições na Paraíba e para Presidência da República. O encontro acontece em meio à indefinição se o emedebista vai disputar o Governo do Estado nas eleições deste ano.

          “Estivemos hoje com o Presidente Lula conversando sobre cenários políticos em níveis Estadual e Nacional”, postou Veneziano nas redes sociais. A foto pode ser um sinal de que o MDB caminha na direção de Lula.

Lula espera Ciro depois do carnaval

            Se Lula está trabalhando duro com o MDB e com a Rede para conseguir 2%. Imaginem qual deve ser a luta para conseguir os 3% a 5% do Ciro Gomes?

            O ex-governador cearense e parte de seu partido sustentam que é pra valer a pré-candidatura de Ciro, que foi oficializada durante a convenção nacional do PDT realizada na última sexta-feira (21/01).

         Mas pode ser que a coisa não funcione bem assim. Já existem sinais de debanda dentro do PDT. Uma grande parte de parlamentares do PDT já deu prazo para que o nome de Ciro decole. O carnaval. Mas nos últimos meses as pesquisas de intenções de votos vêm demonstrando ao contrário. Ciro vem perdendo votos. Os registros indicam queda de 11%, 9% para 5%, 3% e dificilmente o ex-governador cearense volte a pontuar os 12,47% que obteve no primeiro turno da eleição de 2018.

         De qualquer maneiro um vídeo institucional também foi apresentado durante a convenção do PDT, revelando o slogan da campanha presidencial de Ciro: “Rebeldia da Esperança”. Resta esperar até a quarta-feira de Cinzas (02/03), para ver se todo o esforço de Ciro e do PDT deram resultados ou se os pedetistas pressionarão Ciro a desistir da corrida presidencial em prol de Lula. À “boca pequena”, já há inclusive quem falem aqui no lago Sapucuá que a cadeira do ministério da Economia do eventual terceiro governo Lula está vazia.

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