Os dois senadores eleitos pela Rede Sustentabilidade, partido criado pela ex-petista Marina Silva, já abandonaram o barco da ex-ministra do Meio Ambiente. Marina insiste em apoiar Lula somente em possível segundo turno da eleição presidencial e flerta com Ciro Gomes (PDT). Mas os dois senadores eleitos em 2018 por seu partido já tomaram rumo em direção ao PT e ao ex-presidente Lula.
Fabiano Contarato (PT/ES) foi o primeiro a tomar a direção do petista. Em dezembro de 2021 deixou a Rede e em fevereiro deste ano filiou-se ao PT. Enquanto as coisas se arrumam no Espirito Santo, Contarato é candidato ao governo do Estado.

Randolfe Rodrigues (Rede/AP), não saiu do seu partido. Mas nesta terça-feira (22/02), após pedido de Lula, anunciou que aceitou o convite para ser um dos fortes no núcleo ‘duro’ da campanha do petista.
“Serei mais útil, daqui de Brasília, apoiando a reconstrução e resgatando a esperança. Seguiremos incansáveis, trabalhando em favor do Amapá e do Brasil!, disse Randolfe que seria candidato ao governo do Amapá.
Apesar de morar no Amapá desde os oito anos, Randolfe, além da política, tem outra afinidade com o ex-presidente petista: é natural de Garanhuns, no agreste pernambucano, mesmo município de nascimento de Lula o que deve também fortalecer a relação no grupo.
Ainda não há uma atribuição definida para Randolfe. Mas em vídeo do encontro, em janeiro, entre o senador e Lula, o ex-presidente deixou a entendem que caberá ao senador amapaense a função principal de articulação política, construção do programa de governo e também o grande articulador na região Norte.
Conversar com nortistas
“É com alegria imensa que eu estou recebendo o nosso grande companheiro Randolfe, senador dos mais brilhantes da história desse país e do estado do Amapá”, diz no início do vídeo.
“Eu estava dizendo para o Randolfe que o meu problema é que eu preciso dele para ganhar as eleições. E preciso dele para ajudar a governar o Brasil e preciso dele na campanha. E, aí no Amapá. eu espero a compreensão das pessoas”, segue.
Lula afirma que a região Norte é muito extensa e que, por isso, quer contar com a articulação do senador da Rede para conversar mulheres, índios, ribeirinhos, trabalhadores rurais, intelectuais e jovens nortistas.