Lula dispara após casamento e saída de Doria. Petista isola Bolsonaro e vence com folga no 1º ou 2º turno

A 4 meses das eleições, pesquisa Datafolha para presidente da República divulgada nesta quinta-feira (26.05.22), na qual o ex-presidente Lula (PT) vence no primeiro turno com 48% (54,5% dos votos válidos) e a soma de todos os possíveis concorrentes seria de 40% (45,5% dos votos válidos), ou que em eventual segundo turno, o ex-presidente petista seria eleito presidente da República com 63,7% dos votos válidos (58% dos votos totais) contra 36,3% (33% dos votos totais) dos votos de Bolsonaro, demonstram que a maior exposição de Lula em eventos como a oficialização de sua candidatura, seu casamento com Janja e a saída do ex-governador de São Paulo da corrida presidencial impulsionaram o eleitor indeciso a optar pelo ex-presidente.

Eventos positivos iguais devem ocorrer até outubro, fatos que certamente o conduzirão à Presidência da República em primeiro turno.

Nesta quinta-feira (26.05.22), por exemplo, Lula fechou com Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo de Minas Gerais acordo para fazer dobradinha nas eleições deste ano. Para Lula, mais um avanço em direção à vitória em primeiro turno, haja vista, ser Minas Gerais o segundo maior colégio eleitoral e a candidatura de Kalil significar um dos palanques mais fortes em Minas e, no primeiro momento isola entre os mineiros, seu principal concorrente, o presidente Jair Bolsonaro.

Haja vista que opositor a Kalil, o governador Romeu Zema (Novo) não deseja aparecer muito colado a Bolsonaro. Vem preferindo manter distância do presidente e há quem busque e incentive os votos Lula-Zema, que predominam em várias regiões mineiras.

De qualquer maneira, Lula segue o cerco a Bolsonaro que ainda não possui grandes palanques nos quatro maiores colégios eleitorais, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Na próxima semana, o petista vai articular palanques no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, deve voltar a Minas Gerais, agora ao lado de Kalil e depois rumar para o Pará e Amazonas.

Todos serão eventos positivos que devem levar os indecisos à importante decisão do leitor na hora de votar e Lula deve capitalizar a grande parte desses votos, que as pesquisas de junho devem mostrar.

Pior presidente

Bolsonaro por outro lado, não evolui além de 30% e não deve ter mais de 35% em eventual segundo turno. Deve fechar o primeiro turno com no máximo 30%. Segue avaliado pela população como o pior presidente da República dos últimos anos.

Segundo o Datafolha desta quinta, a avaliação negativa de Bolsonaro atingiu 48% em março era 46%.

É um governo que chega ao fim de forma de forma devastadora para a Amazônia e para as populações indígenas, cujas terras foram violentamente invadidas por garimpos ilegais, incentivados por discursos de um presidente da República irresponsável e sem a menor capacidade de conduzir o país.

Governo que deverá passar para a história como uma página infeliz, triste uma página que será lembrada pelo desrespeito do presidente da República pelas quase 1 milhão de mortes pela pandemia Covid-19, entre as quais, centenas de mortes por asfixia em Manaus (AM) devido ao descaso, falta de interesse, falta de planejamento e incompetência governamental, especialmente do presidente da República e de seu ministro da Saúde.

E como se não bastasse a tristeza sombria que se abateu sobre a população brasileira devido à pandemia e suas sequelas e desespero, ainda veio a público o presidente da República fazer chacota (cof, cof)  imitando pessoas desesperadas clamando por socorro, na busca de oxigênio natural, haja vista que o oxigênio hospitalar o governo foi incapaz de suprir a necessidade, tudo por preguiça, falta de interesse, falta de planejamento, enfim, por incapacidade governamental.

Mourners watch as workers wearing protective equipment bury the casket of a Covid-19 victim at the Vila Formosa cemetery in Sao Paulo, Brazil, on Wednesday, March 24, 2021. Brazil reported more than 3,000 Covid-19 deaths for the first time in a 24-hour period on Tuesday, as the pandemic spreads unchecked across Latin America’s biggest economy and the nation approaches 300,000 lives taken.

Um fiasco na economia e isolado internacionalmente devido ao viés fascista, a quatro meses da eleição, Bolsonaro, ainda que petistas digam que é um candidato forte, parece não ter mais nada para oferecer à parte da população, capaz de reverter as intenções de votos.

O pagamento do Auxílio Brasil, nome atualizado do programa Bolsa Família, criado na gestão do PT, falhou até o momento como estratégia de Bolsonaro para colher dividendos eleitorais. Entre os que informaram receber o benefício, o presidente atinge 20% e o petista bate 59%.

Não há como fazer milagre na economia em quatro meses. Hoje 54% afirmaram ao Datafolha que não votam em Bolsonaro de jeito nenhum. Por tudo isso Lula será o próximo presidente, possivelmente eleito ainda em 2 de outubro.

Lula vence com 63,7% dos votos no segundo turno

Pesquisa do instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira (26.05.22) pelo site do jornal Folha de S.Paulo indica que, caso o segundo turno da eleição fosse hoje, ex-presidente Lula (PT) seria eleito presidente da República com 63,7% dos votos válidos no segundo turno contra 36,3% dos votos de Bolsonaro.

Nos votos totais, segundo dados do Datafolha, em eventual segundo turno o petista teria 58% e Bolsonaro 33%. A diferença de 25%. Na pesquisa de março, Lula tinha 55% e Bolsonaro (34%), diferença de 21%.

Nesse levantamento, a porcentagem de eleitores que votariam em branco ou nulo foi de 8% e a de eleitores que não sabem em quem votar é de 1%.

A pesquisa foi feita com 2.556 eleitores acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país, nesta quarta (25) e quinta-feira (26). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. O levantamento foi contratado pelo jornal Folha de São Paulo e está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-05166/2022.

Lula fecha acordo em Minas

O ex-presidente Lula (PT) e Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo de Minas Gerais fecharam acordo para fazer dobradinha nas eleições deste ano. Para Lula, mais um avanço em direção à vitória em primeiro turno, haja vista, ser Minas Gerais o segundo maior colégio eleitoral e a candidatura de Kalil significar um dos palanques mais fortes em Minas.

Para Kalil, aumenta a possibilidade de ser eleito governador mineiro, haja vista, que de acordo com as últimas pesquisas de intenções de votos, quando Kalil é citado como o candidato de Lula, chega a ultrapassar seu eventual concorrente, o governador Romeu Zema (Novo), que trabalhará pela sua reeleição. 

“Com grande alegria informo que hoje, em reunião com o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), o presidente do PT-MG, Cristiano Silveira, e o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes, consolidamos o acordo político para a nossa unidade nas eleições de outubro.

O PSD apresentará Alexandre Kalil para o governo de Minas e o senador Alexandre Silveira (PSD) para a reeleição, enquanto o PT apresentará o deputado estadual André Quintão para candidato a vice-governador. A campanha Lula-Kalil será coordenada por Reginaldo Lopes (PT) e pelo presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus (PSD).

Juntos, vamos trabalhar pela vitória em Minas e no Brasil, para que nosso povo volte a ter esperança numa vida com dignidade e direitos, com emprego e renda, com desenvolvimento e justiça social, num país soberano e democrático. Vamos Juntos, por Minas e pelo Brasil”, postou Lula em seu site oficial.

Veja vídeo da dobradinha.

Lula tem 54,5% dos votos e vence com folga no 1º turno

 

Caso a eleição fosse hoje, o ex-presidente Lula (PT) seria eleito presidente da República em primeiro turno com larga vantagem é o que indica a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (26.05.22). De acordo com o levantamento realizado nos dias 25 e 26.05.22, Lula (PT) tem 48% (54,5% dos votos válidos) e a soma das intenções de votos de todos os possíveis concorrentes seria de 40% (45,5% dos votos válidos). Os votos válidos são efetivamente os votos computados para cada candidato, dispensados os votos bancos e nulos.

Pela pesquisa do Datafolha depois de Lula que aparece com 48% vem o presidente Jair Bolsonaro (PL) com 27% nas intenções de votos pela Presidência da República, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), em terceiro com 7%, André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB) 2%. Pablo Marçal (Pros) e Vera Lúcia (PSTU) têm 1%. E Felipe d’Avila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Leonardo Péricles (UP), Eymael (DC), Luciano Bivar (UB) e General Santos Cruz (Podemos) não pontuam.

A pesquisa foi feita com 2.556 eleitores acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país, nesta quarta (25) e quinta-feira (26). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. O levantamento foi contratado pelo jornal Folha de São Paulo e está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-05166/2022.

FIM DO LULA LIVRE: Lula dorme fora na noite anterior ao casamento com Janja, que acontece nesta quarta-feira

Por conta do casamento que acontece nesta quarta-feira (18.05.22) com a socióloga Rosângela Silva, a Janja, o ex-presidente Lula (PT) dormiu a noite entre terça-feira (17.05.22) e está quarta-feira em um hotel na zona Sul de São Paulo e não no aconchego da “janjinha”.

O casal mora junto desde o dia 8 de novembro de 2019, quando Lula deixou a prisão em Curitiba. No entanto, o casal decidiu que Lula não verá a futura esposa antes da cerimônia e, por isso, ele dormiu ontem num hotel.

Porém, bocas pequenas e maldosas, aqui no lago do Sapucuá, afirmam que foi a despedida de solteiro e para encerrar o movimento “Lula Livre”. Haja vista que Janja conseguiu com jeitinho e muito charme, o que precisou de muita maracutaia de Sergio Moro, Dallagnol, PF, MPF, RFB e FBI que foi prender o petista.  

Benção de Lula e Janja será de bispo amigo de Lula há 47 anos

O ex-presidente Lula (PT) e a socióloga Rosângela Silva casam nesta quarta-feira (18.05.22) em cerimônia marcada para iniciar às 19 horas, em São Paulo. O evento deverá ser um dos principais acontecimentos da semana e um dos casamentos mais badalados do ano e com vários detalhes ainda em segredo, mas alguns já desvendados pela mídia como do padre que celebrará o matrimônio que deverá ser dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo-emérito de Blumenau, amigo de Lula desde 1975 e que esteve ao lado do petista nos principais momentos de sua vida. Nas greves do ABC, nas posses como presidente da República, em dias dramáticos na prisão de Curitiba e

“Eu sou amigo do Lula. Nos conhecemos no tempo em que ele era metalúrgico, em São Bernardo, e eu era o bispo da pastoral do mundo do trabalho, aqui em São Paulo. Durante muitos anos nós cultivamos essa amizade”, afirmou ao jornalista do UOL.

Além da proximidade na vida pública, conquistou a confiança da família. “Eu fui o padre do batismo dos netos, do casamento dos filhos. Quando a Marisa (a segunda mulher de Lula, que morreu em 2017) estava no hospital, ele me pediu: ‘será que não daria para você fazer uma oração por ela?’. Eu estive lá, fiz a unção dos enfermos”. Foi também dom Angélico que oficiou o ato religioso no velório de Marisa, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos.

Depois de tantos dissabores experimentados pelo ex-presidente nos últimos anos, o religioso está feliz por presenciar o atual momento de alegria. “Esse pernambucano sempre foi de muita luta”, elogia.

Imprensa explora luxo do casamento de Lula e Janja (veja fotos). Evento será quarta-feira em São Paulo

A imprensa já explora fartamente o luxo do possível local do casamento de Lula e Janja. O evento será quarta-feira (18.05.22) em São Paulo é o local que vem sendo divulgado é a Casa Bisutti, de origem na província italiana de Bergamo que chegou ao Brasil em 2008. São 1.000 metros quadrados de puro requinte, na Vila Olímpia, em São Paulo e tem capacidade para 200 convidados.

A rigor, um ambiente modesto para o casamento que será o mais badalado do ano, afinal, envolve um ex-presidente da República por dois mandatos e que lidera a corrida presidencial com larga vantagem sobre seus adversários e com possibilidade vencer a eleição ainda no primeiro turno.

É um local luxuoso. Lindo! Aquilo que chamamos de “chique” e requintado.  Mas a recepção está muito longe de ser “uma grande ostentação de Lula”, como já vem sendo explorado.  A começar pelo número de convidados. O local comporta 200 convidados. Um número pequeno para quem como Lula tem mais de um milhão de amigos. Por isso o casal teve que deixar do “lado de fora” sobrinhos, muitos amigos próximos e líderes da alta cúpula petista.

Em festas para amigos, qualquer o pessoa trabalha para servir a melhor bebida e melhor comida, principalmente quando se trata de casamento. Isso está inclusive registrado Bíblia Sagrada como o primeiro milagre de Jesus, quando Cristo transformou água em vinho em um casamento em Caná da Galiléia.

A fora isso, nem de “longe” Lula é pobre. Desde a década de 1970 Lula foi bem remunerado e bem sucedido. São 50 anos de luta e trabalho intenso e envolvimento como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD Paulista, deputado federal e oito anos como presidente da República e de “quebra” é aposentado como presidente da República e como anistiado políticos (são duas aposentadorias que digamos supera em alguns milhares de reais o teto do INSS). Eu falo em teto, não em aposentadoria de salário mínimo que não dá nem para comprar o alimento de uma família.

Lula e Janja queimaram muitas pestanas na busca de conciliar quem seriam os cerca de 200 convidados. Mas não puderam deixar no lado de fora celebridades e amigos de longas datas como os cantores Chico Buarque de Holanda. Tô falando do Chico Buarque, cujo pai (Sérgio Buarque) foi um dos fundadores do PT e que cuja mãe, após a morte do marido fazia questão de continuar dando a contribuição de Sérgio Buarque para a construção do PT.

E assim vai a relação de Lula e Janja com Gilberto Gil, Caetano Veloso, Martinho da Vila, Daniela Mercury e os mais novatos como o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e novos amigos que agora gravitam em torno do casal.

Pergunta? Se você tivesse amigos desse quilate, tendo condições financeiras, você serviria carne se segunda? Carne de pescoço? Bebidas baratas como a maioria das cachaças? Claro que não. Então porque Lula, em ex-presidente da República, o melhor de toda a história da República brasileira não pode casar em um ambiente luxuoso e servir as melhores comidas e bebidas para seus convidados se até Jesus Cristo, em casamento que nem era o dele, em seu primeiro milagre, produzir o “melhor” vinho para os convidados?

Veja o que diz a Bíblia: João 2:1-11

Disse Jesus aos serviçais: “Encham os potes com água”. E os encheram até a borda.

Então lhes disse: “Agora, levem um pouco ao encarregado da festa”.

Eles assim fizeram, e o encarregado da festa provou a água que fora transformada em vinho, sem saber de onde este viera, embora o soubessem os serviçais que haviam tirado a água. Então chamou o noivo 10 e disse: “Todos servem primeiro o melhor vinho e, depois que os convidados já beberam bastante, o vinho inferior é servido; mas você guardou o melhor até agora”.

Franco Silva: Direto do lago do Sapucuá (Amazônia)

Casamento de Lula terá celebridades “ longe dos celulares”

Muitos detalhes do casamento do ex-presidente Lula (PT) e a socióloga Rosângela da Silva ainda continuam envoltos a segredos como o local exato da cerimônia e recepção. Mas muito também já se sabe, como nomes de alguns famosos convidados, hora, convite e detalhes do vestido da noiva.

Na lista dos famosos, Chico Buarque e a mulher, Carol PronerGilberto Gil e Flora GilDaniela Mercury e Malu Verçosa; Martinho da Vila; a presidente do PT, Gleisi Hoffmann; o ex-governador do Piauí Wellington Dias; o ator Antônio Pitanga e a ex-governadora do Rio Benedita da Silva; o senador Jaques Wagner, os deputados federais Rui Falcão e Alexandre Padilha; o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e a mulher, Ana Estela; além da ex-presidente Dilma Rousseff. Escolhido para ser vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin, já recuperado da Covid-19, deve comparecer com a ex-primeira-dama de São Paulo, Lu Alckmin.

Segundo o site Metrópoles, a festa será no espaço Bisutti, em São Paulo. Um funcionário do local confirmou à revista VEJA a realização de um “casamento secreto” na próxima quarta. O site do espaço descreve o ambiente como de decoração italiana, com um lustre de Murano em destaque no foyer. A arquitetura mistura o conceito clássico-romântico ao moderno, e dispõe de uma estrutura com pé-direito de 7 metros, bar central com palco suspenso e camarim.

Lula só verá a noiva no altar. Janja subirá ao altar usando um vestido da estilista Helô Rocha. É um vestido longo, em organza (tecido feito de seda) na cor off white e coberto de bordados feitos à mão por moradoras de Timbaúba dos Batistas, uma cidade da região do Seridó, sertão do Rio Grande do Norte. Demorou três meses para ficar pronto e já foi entregue à noiva.

O matrimônio deverá ser abençoado por dom Angélico Sândalo Bernardino, que conhece Lula desde os anos 1970.

Sem celular

O convite do casal recomenda que os presentes não utilizem telefone celular na cerimônia. “Nosso momento será único, por isso recomendamos estar presente nele e longe dos celulares”, diz.

O local exato será informado apenas no dia, por meio de uma mensagem no celular.

O convite tem as assinaturas dos noivos em vermelho e uma mensagem: “Ninguém mais feliz que eu e você!”. Mais abaixo, está escrito que “Janja e Lula, com carinho, convidam familiares e amigos para celebrarmos o amor”.

Casal

Lula e Janja vive junto desde que o ex-presidente foi solto, em novembro de 2019, após ser detido pelo ex-juiz Sérgio Moro, então responsável pelos processos da operação Lava-Jato em Curitiba, no Paraná.

“Ela é muito sensível à minha vida política, aos meus problemas, então eu acho que nós vamos casar se Deus quiser vamos casar”, disse Lula em entrevista à Rádio 97 FM de Natal, na terça-feira, 24/08, quando o petista foi elogiado pela musculatura das pernas e também precisou responder sobre seu relacionamento com Janja.

            “Eu não sou uma pessoa de ficar sozinho. Eu não consigo ficar sozinho. Eu preciso de companhia. Eu tive o azar de perder minha primeira mulher durante o parto. Eu perdi a Marisa por conta da cretinice das denúncias da Lava Jato. Ela não suportou o que fizeram com os seus filhos, o que fizeram comigo, o que fizeram com ela. Por conta disso, eu acho que apressou a morte dela”.

            Com relação a Janja, o petista completou. “Eu fui em um jogo de futebol em uma escola dos sem-terra, em São Paulo. Estava lá o Chico Buarque, vários ex-jogadores de futebol e estava a Janja, e eu que conhecia ela de comícios, comecei a flertar com ela. Depois que eu fui preso, ela foi para Curitiba muitas vez. Mandava carta pra mim e eu respondia. Nós temos muita troca de carta e quando eu saí da cadeia eu a convidei para ficarmos mais pertos, mais juntos. Ela sempre foi militante do PT e nós estamos juntos e vamos construir a nossa vida futura. Ela é uma pessoa que eu tenho um apresso e um carinho muito grande. Ela é muito, muito sensível à minha vida política, aos meus problemas, então eu acho que nós vamos casar, se Deus quiser nós vamos casar. Se eu for candidato a presidente e ganhar a eleição, certamente ela será minha esposa”, concluiu o petista.

Lula de mel

Lula e Janja, 56 anos, esbanjam felicidade e paixão. Agora faltam poucos dias!!! (Amor) Ansiedade bateu forte aqui (emoji de nervosismo) publicou Janja no Twitter.

Já Lula aos 75 anos, demonstra vitalidade de fazer inveja para muitos homens de idades bem inferiores. Em encontros como no sábado, 25/09, com lideranças da periferia de São Paulo, arrancou gargalhadas ao dizer que tem 75 anos, 30 de energia e 20 de tesão. “Se vocês tiverem dúvidas pergunte pra Janja que está ali”, brinca.

            Em sua viagem pelo Nordeste, ao passar pelo Ceará, em agosto de 2021, uma foto do casar fez a Web quebrar, após Janja postar foto sendo abraçada pelo petista sob luar cearense mostrando atributos físicos de Lula, que posou de sunga, mostrando as pernas bem malhadas.

Casamentos anteriores        

Casamento com Maria de Lourdes

Esse será o terceiro casamento de Lula. O primeiro foi em 1969, com a tecelã Maria de Lourdes da Silva, que morreu durante o parto após dois anos de casamento. Em 1974, Lula casou-se com Marisa Letícia, que faleceu em 2017 vítima de um AVC. Com ela, teve quatro filhos.

Lula tem 4 meses para empolgar militância como em 1989 para não repetir 2006 quando faltou 1,39% no 1º turno

A pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (06.05.22), na qual Lula aparece com 44% e Bolsonaro com 31% não traz grandes motivos para petistas comemorarem, apenas alivia a tensão de que Bolsonaro estaria chegando em Lula. No segundo turno Lula aparece com 54% e Bolsonaro 34%. São números que dizem claramente que a militância petista tem 4 meses para ajudar Lula a conseguir 2% ou a decisão será em segundo turno, como em 2006, quando o petista não venceu no primeiro turno por míseros 1,39%.

A pesquisa não pode ser classificada como das melhores do ponto de vista científico, porque foi realizada por telefone, que não atinge uma grande parcela de eleitores que não possuem telefone e que teoricamente votariam em Lula. Mas pesquisas internas do PT concluem por números parecidos, o que serve para acender a luz amarela aos petistas, porque Lula vem nesse patamar, sem crescer “um palmo”, há mais de seis meses.

Há um esforço monumental de Lula e da direção do PT para não repetir 2006, quando Lula obteve 48,61% dos votos no primeiro turno. Alckmin, então no PSDB teve 41,64% e foi o grande adversário de Lula. Hoje o governador paulista, no PSB, será o parceiro de chapa de Lula. Heloisa Helena (ex-PT), então no PSOL foi a terceira colocada com 6,85% dos votos. Hoje o PSOL está fechado com Lula e não terá candidato à Presidência. Cristovam Buarque (ex-PT), que disputou pelo PDT ficou em quarto lugar com 2,64%. Hoje Cristovam também está fechado com Lula.

Mas mesmo com todo esse apoio, Lula parece não andar, e a apouco mais (isso a pouco mais) de quatro meses para o primeiro turno da eleição, o PT ainda demonstra desorganização na área de comunicação, parece faltar esforço e vontade de parte de lideranças petista para organizar o enfrentamento ao bolsonarismo, que já demonstrou grande poder de mobilização e de domínio das redes sociais de internet, meios por onde “rola” grande parte das informações, tentativas e  convencimentos políticos.

Militância puxou Lula em 1989

Em 1989, Lula conseguiu aglutinar ao seu entorno, uma grande força militante (não só partidária) formada pelos mais diversos matizes ideológicos que foi capaz de impulsioná-lo à disputa no segundo turno com Collor de Melo. No primeiro turno, a aliança de Lula era formada basicamente pelo PT, PCdoB e PSB.

Tudo pequenos partidos e lideranças sem grandes expressões nacionais, ou de longa tradição histórica como do ex-governador Leonel Brizola e do deputado federal Ulisses Guimarães, com Lula também disputou. O PT ainda era um neófito de nove anos. Também de pouca história. Mas ainda assim, uma aguerrida militância que se juntou no entorno de Lula fez a diferença e conduziu à disputa no segundo turno. Lula chegou à frente de Brizola por 0,67% (17,18% contra 16,51%).

Essa contextualização é emblemática por dois motivos: 1) porque os 0,67% foram decisivos para elevar Lula ao patamar de líder nacional e representante das oposições. Sem os 0,67% Lula jamais seria a liderança, o Lula que é hoje. A história seria outra: Leonel Brizola disputaria com Collor e vencendo ou não, experiente e carismático aglutinaria ao seu redor grande parte da sociedade que não desejava o governo brasileiro em mãos que seguissem os mesmos rumos dos governos militares. E Collor significava essa sequência, a começar pela utilização do verde e amarelo, similar ao do hoje Jair Bolsonaro. Bolsonaro e sua turma foram além, apropriaram-se do sagrado verde-amarelo e da bandeira nacional brasileira.

Nos próximos dias inicia-se a campanha para a eleição de 2022. Serão dois meses de intensar disputas, certamente entre Lula e Bolsonaro. Lula lidera com folga. Mas Bolsonaro também formou uma força militante de extrema-direita e tem a máquina do governo federal em suas mãos.

Neste sábado (07.05.22) o PT lança oficialmente Lula como candidato a Presidente da República. O ato e a partir dele será possível saber se Lula consegue ao menos o necessário (mais 2%) para vencer no primeiro turno ou teremos que enfrentar a grande emoção do segundo turno. Porém, parte da decisão se a vitória de Lula vai ser com emoção ou com o coração “saindo” pela goela dependerá da capacidade da militância de se organizar e lutar.

Mas parte dessa capacidade de embate da militância, depende de organização que passa pelas coordenações partidárias. Nesta quinta-feira, (05.05.22), por exemplo, quando o carro de Lula foi abordado por bolsonaristas não havia ninguém do PT, além dos seguranças nota 10 que habilmente impediram que o grupo bolsonarista tivesse mais sucesso no ato. Mas mesmo assim, 10 “gatos pingados” ganharam manchetes em toda a grande mídia e, não se pode continuar culpando a mídia por certos erros de extratégias ou falta de organização na condução da campanha de Lula. Nesse caso se houvesse uns 30 militantes do PT no local, os bolsonaristas ficariam intimidados. É isso!

Aliança em Minas Gerais é decisiva para garantir eleição de Lula no primeiro turno e isolar Bolsonaro

O ex-presidente Lula desembarca em Belo Horizonte no próximo dia 9 de maio para o lançamento da pré-candidatura do deputado federal Reginaldo Lopes (PT) ao Senado. O evento acontecerá a partir das 17h no Expominas.

“Acabamos de acertar, em uma reunião aqui em São Paulo, a realização do lançamento da minha pré-candidatura ao Senado e do Lula à presidência”, disse Reginaldo Lopes nesta segunda-feira (25.04.22). “Vamos juntar forças para levar esperança aos mineiros para reconstruir o Brasil. O presidente disse que está com muita saudade de Minas e que espera encontrar os muitos amigos e amigas que fez nestes anos todos de andanças por nosso estado”, concluiu o pré-candidato.

É entorno do nome de Reginaldo Lopes que acontece certamente o mais complexo quebra-cabeça, para o ex-presidente Lula nas próximas eleições, quase gerais. Lula ainda sonha em ter o PSD de Gilberto Kassab o apoiando ainda no primeiro turno. Até agora tem uma parte substancial. Mas fechar uma aliança para o governo de Minas Gerais, em chapa encabeçada pelo ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, daria ao petista o PSD, senão completo, mas com grande maioria das lideranças do partido.

Em Minas Gerais Lula é o “bam-bam-bam”. Dados da pesquisa realizada pelo Instituto Ver a pedido da Rádio Itatiaia de Minas Gerais, divulgada na terça-feira (19/04) mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida eleitoral pela Presidência da República entre os eleitores mineiros e que Lula ficou com a maior “fatia” dos eleitores do ex-juiz Sergio Moro, colocando-o com 56% dos votos válidos. A maior parte dessa força vem do interior do Estado.

Kalil é muito bem avaliado em Belo Horizonte. Mas não vai tão bem no interior. Porém, quando seu nome aparece colocado ao de Lula, suas chances de eleição como governador aumentam consideravelmente. Teria tudo para Lula e Kalil fecharem a dobradinha.

Mais existe um problema a ser equacionado: Lula quer eleger Reginaldo Lopes senador, que lidera as intenções de votos. Lula e o PT não querem abrir mão dessa vantagem.

O PSD trabalha pela reeleição do senador Alexandre Silveira e também não quer abrir mão dessa possibilidade.

Em entrevista recente à rádio do Vale do Aço, Kalil foi questionado se o apoio a Lula ficará inviável caso Reginaldo Lopes mantenha sua candidatura.

“O problema é que o Alexandre Silveira é o senador da República. Então ninguém pode exigir que eu tire o senador da República de uma disputa que é o cargo dele para colocar uma candidatura de um deputado federal que eu respeito muito, que é meu amigo, que é o Reginaldo Lopes”, explicou Kalil. “Mas se o Reginaldo caminhar para lá, nós caminharemos para cá”, acrescentou.

Uma equação difícil. Mas há boa vontade. Kalil já se reuniu duas vezes com Lula para discutir a possível aliança. Em Minas os dois grupos até cogitam uma frente na qual os dois possam disputar a única cadeira do Senado. Kalil precisa de Lula para vencer o atual governador Romeu Zema. Lula precisa de Kalil, não para derrotar Bolsonaro. Mas para derrotar Bolsonaro no primeiro turno.

CNN confirma período áureo no governo Lula. “Quitou todas dívidas com o FMI e emprestou primeira vez na história”

Em artigo intitulado “Lula acerta ao dizer que emprestou dinheiro ao FMI, mas exagera no valor”, o grupo internacional de notícias CNN decidiu fazer uma checagem nos discursos do ex-presidente Lula (PT) e chegou à constatação sobre a veracidade do discurso do petista quando menciona dados de sua gestão frente ao governo brasileiro. Não dá para saber qual foi a intenção da equipe ao fazer o artigo. Mas, se o objetivo era buscar desqualificar Lula, o resultado saiu como se fosse escrito por um petista buscando apenas ajustar o discurso de Lula aos números. 

O artigo conclui por exemplo que: “ O ex-presidente quitou dívida do Brasil com o  FMI (Fundo Monetário Internacional) e tornou o país credor da instituição”.

O empréstimo ao FMI

“Ao mencionar a dívida com o FMI, Lula se refere a um débito de aproximadamente US$ 30,4 bilhões contraído pelo Brasil em outubro de 2002, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Segundo a instituição, os principais candidatos à Presidência naquele ano se comprometeram a manter os contratos e a política de austeridade fiscal impostas, incluindo o petista”.

“Em 2005, o governo Lula quitou todas as dívidas com o FMI. Quatro anos depois, o Brasil emprestou dinheiro à instituição pela primeira vez na história. O valor, porém, foi de US$ 10 bilhões ― e não de US$ 15 bilhões, como citado pelo ex-presidente. Corrigindo o valor em dólares pela inflação acumulada desde outubro de 2009, ano do empréstimo, a quantia chega a US$ 13,3 bilhões”.

A taxa de inflação

“Em relação aos dados macroeconômicos, quando o petista assumiu o governo, o Brasil tinha uma inflação de 12% e uma taxa de desocupação de 11,7%, que conferem com sua fala”.

“No final do seu segundo mandato, em 2010, o Instituto Brasileiro de Estatísticas (IBGE) registrou uma inflação de 5,91%”.

“Lula disse que “a inflação ficou em 4,5%”, mas não mencionou o período. A taxa mais próxima desse patamar foi medida pelo IBGE em 2007(segundo governo Lula), quando o país teve uma inflação de 4,46%. Ela já ficou abaixo disso durante o governo do petista: em 2006, foi de 3,14%, e em 2009, de 4,31%. Em todos os outros anos de seu governo, o IPCA ficou acima de 5%”.

O índice de desemprego

“O ex-presidente afirmou ainda que o desemprego chegou a 4,3% no final da gestão de Dilma Rousseff, sua sucessora. O dado se refere, na verdade, ao desemprego de dezembro de 2014, no final do primeiro mandato da petista. Segundo o IBGE, o número, também registrado em dezembro de 2013, foi o menor de toda a série histórica mensal, iniciada em março de 2002”.

“Ainda em 2014, a taxa média de desocupação foi de 4,8% no ano, a menor desde o início da série histórica anual, que teve início em 2003”.

“Após a reeleição de Dilma, em 2014, o desemprego aumentou progressivamente. Em 2016, ano em que a presidente foi retirada do cargo por meio de um processo de impeachment, o IBGE registrou uma taxa de desocupação de 11,5%”.

As reservas internacionais

“Durante a entrevista, Lula afirmou também que o Brasil “não tinha um dólar de reserva internacional” quando assumiu o governo. Segundo o Banco Central, no final do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 2002, o país tinha U$ 37,823 bilhões em reservas cambiais”.

“O número corresponde a cerca de 13% daquele apresentado no final do segundo mandato do petista, em 2010. O valor era de U$ 288,822 bilhões”, afirma o artigo da CNN.

Nova pesquisa afasta discurso golpista de bolsonaristas. Lula tem 41% e Bolsonaro 32%, aponta FSB/BTG

A pesquisa FSB/BTG divulgada nesta segunda-feira (24.04.22) registra que o ex-presidente Lula continua liderando a corrida presidencial com larga vantagem. Lula aparece com 41%, Bolsonaro 32%, Ciro 9%, Janones, Doria e Tebet empatados com 3%. A rigor, a pesquisa não traz nenhuma novidade aparente. Mas tem imensa capacidade de afastar e desmobilizar o discurso golpista de bolsonaristas com objetivo de “melar” a eleição presidencial, como no ensaio do ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno.

Neste domingo (24.04.22), Heleno questionou os resultados da pesquisa eleitoral X/Ipespe, divulgadas na sexta-feira, que mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderando a corrida eleitoral com 14 pontos percentuais de vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL). 


“Por que uma empresa de investimentos, do porte da XP, banca uma pesquisa do tal de IPESPE? Em um país de 149 milhões de eleitores, entrevistou apenas 1.000 (um mil), pelo telefone. Vitória estrondosa de Lula (?)”, escreveu em seu perfil nas redes sociais. 

De acordo com a pesquisa Ipespe/XP de 22.04.22 o ex-presidente Lula (PT) marcou 45% das intenções de voto na corrida pelo Palácio do Planalto, Bolsonaro (PL) tem 31%, Ciro Gomes (PDT), com 8%, o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 3%, o deputado federal Janones (Avante) e a senadora Simone Tebet (MDB) têm 2%. Números parecidos com os da FSB/BTG, divulgados nesta segunda, o que demostra não haver qualquer tentativa de favorecimento para o petista. Lula lidera com folga. O resto é tentativa de novo golpe.

Pré-campanha fraca e à deriva nas mídias digitais preocupa Lula. Lula é fraco no Facebook, Instagran e WhatsApp  

Em jantar com senadores em Brasília, na casa do ex-senador Eunício Oliveira (MDB/CE), dia 11 de abril, o ex-presidente Lula deixou escapar a preocupação de sua pré-campanha à Presidência da República com o desempenho nas redes sociais.

A preocupação do petista não é sem motivos. Bolsonaro “nada de braçadas”, enquanto o petista “bate águas” pedindo socorro para não se afogar, quando o assunto é atuação da equipe de coordenação de sua campanha e da militância política da esquerda brasileira nas redes sociais de internet.

O canal Lulaverso, criado para disseminar conteúdos do petista no WhatsApp, em dois meses só possui oito grupos com 1.006 membros, segundo o jornalista Lauro Jardim do jornal O Globo. O perfil de Lula no Telegran possui 2.595, inscritos. Bolsonaro tem 1,3 milhão (isso mais de um milhão e trezentos mil inscritos). Lula não tem sequer os 300 mil.

No Instagram Bolsonaro tem 19,6 milhões de seguidores. Lula  4,6 milhões seguidores. Uma vergonha, se levado em consideração que Lula tem um partido de 42 anos, um dos maiores em filiação, e Bolsonaro nem partido tem. Mas Bolsonaro tem uma equipe atuante, moderna e ativa que faz suas redes sociais e a militância de extrema-direita se movimentarem, apesar das fake news.

Não se sabe ao certo os motivos do baixo entusiasmo de petistas e lulistas nas redes sociais. Mas alguns podem estar influenciando no resultado:

1- Os militantes de esquerda, mais envolvidos nas campanhas estão dedicando seu tempo e energia em elaborar estratégias para Lula, governadores, senadores e deputados. Esse tempo pode estar sendo mais dedicado a governadores, senadores e deputados (os que darão resultados diretos para alguns militantes que querem naturalmente a eleição de seus “patrões”). Como se diz aqui na Amazônia: “Farinha pouco, meu pirão primeiro”. Com isso abandona-se a campanha de Lula que é tocada pela militância de menor número, que não está envolvida diretamente nos partidos.

2- Os militantes podem estar esperando as definições partidárias ou agosto para entrar em ação.

3- A coordenação de campanha não acredita nas redes sociais como um dos principais meios de comunicação, que as pessoas utilizam no século 21 para se informar e não estão dando a devida atenção, deixando a militância e a pré-campanha à deriva.

Obs.: O movimento que foi às ruas entre 2014 e 2016 e que resultou na “queda” da presidente Dilma foi mobilizada principalmente no Facebook. Lula sabe disso.

Franco Silva: Direto do lago do Sapucuá (Oeste do Pará)

Mesmo em pesquisa capenga da Exame/Ideia, por telefone, Lula cresce e vence todos candidatos no 2º turno

Uma nova pesquisa do instituto Ideia, em parceria com a revista Exame, divulgada nesta sexta-feira (22.04.22) derruba a narrativa de que o ex-presidente Lula estaria perdendo votos. Apesar de ser um levantamento capenga da Exame/Ideia, por que foi realizado por telefone, Lula cresce e vence todos candidatos no 2º turno.

No cenário sem a candidatura do ex-juiz Sergio Moro, Lula cresceu 2% e atingiu 43% e Bolsonaro chegou a 34%. Lula está, segundo a pesquisa, 9% à frente de Jair Bolsonaro. Mas certamente essa diferença é bem maior, porque, como exposto acima, os levantamentos por telefone, do ponto de vista científico, são considerados pouco confiáveis, porque não atingem grande parte da sociedade, principalmente os mais pobres que não possuem telefone (quando possuem nem sempre estão ativos por falta de crédito etc…). Nessa camada social, todas as pesquisas feitas de forma presencial dão a Lula larga vantagem sobre Bolsonaro.

A bem da verdade, a nova pesquisa não traz nada de novo, além do fato ex-presidente petista ganhar 2% em cenário sem Sergio Moro. Bolsonaro faturou 4%. Mas isso já era esperado.

No segundo turno, Lula vence Bolsonaro por 48% a 39%.

A sondagem ouviu 1.500 pessoas entre os dias 15 e 20 de abril. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-02495/2022.

Militares não entram em “barca furada” de Bolsonaro e já esperam Lula para posse em 2023

A se confirmar o que dizem todas as pesquisas, a partir de 1º de janeiro de 2023 o Brasil voltará a trilhar o caminho do fortalecimento do estado democrático e do respeito às Instituições. Lula será eleito em outubro deste ano e assumirá a cadeira de presidente da República sem controversas das Forças Armadas. Ao menos é o que afirmaram alguns generais ao ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, o interlocutor de Lula quando o assunto são militares do alto escalão das forças Armadas.

“Nada impedirá o vencedor, qualquer que seja ele, de assumir a cadeira no Palácio do Planalto”, teriam dito a Jobim alguns generais, de acordo com a jornalista Vera Rosa do jornal O Estado de São Paulo. “A impressão que fico, nessas conversas, é a de que as Forças Armadas são totalmente legalistas”, disse Jobim analisando a conversa.

A rigor, depois do fracasso de 21 de governos militares (1964-1985) e das lambanças no governo atual isso será o mínimo que o alto escalão das Forças Armadas devem fazer pelo Brasil: Não atrapalhar a evolução política da sociedade brasileira em direção ao fortalecimento da Democracia. A eles, cabem as funções estabelecidas na Constituição Federal de proteger o Brasil contra eventuais inimigos externos. Essa é a principal função profissional, ao qual, todo brasileiro que faz opção por ser militar deve ter em mente enquanto fardado.

Quem ainda não deu conta disso é o ex-capitão e agora presidente da República Jair Bolsonaro.  Em discurso à cúpula militar nesta terça-feira (19/04), Dia do Exército, Jair Bolsonaro (PL) incitou a caserna a entrar na disputa eleitoral, citando inclusive o tuite de Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército que estava presente na cerimônia, com ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) na véspera do julgamento que poderia colocar Lula em liberdade, em 2018.

Mas pelo clima, são apenas palavras jogadas ao vento. Grande parte dos militares já busca preservar o que resta de dignidade da Instituição e não estão dispostos a embarcar em aventuras comandadas por Bolsonaro, principalmente depois dos escândalos em que alguns de seus membros e Unidades se meteram, que passam pela incompetência de gestão pública, compras excessivas de produtos supérfluos (ao menos com dinheiro público) como whiskys, picanhas, viagras e próteses penianas.

Dia 9 de março, o vice-presidente da República, general de reserva, Hamilton Mourão, em entrevista ao portal Metrópoles, já havia “cantado a pedra”. “Isso é algo totalmente desproposital. As Forças Armadas têm se mantido dentro dos limites dos deveres constitucionais dela, têm agido dessa forma ao longo de todo esse período, desde o término do período de presidentes militares. As Forças Armadas não se meteram em nenhum processo eleitoral. Fomos aí, ao longo de 12 anos, 13 anos, governados pela esquerda, pelo PT, sem problema nenhum”, disse Mourão.

Pelo jeito, Bolsonaro ficará sem apoiadores fardados no alto escalão militar na busca de “melar o processo eleitoral” e terá que contentar-se, talvez, com um cabo e um jipe para levar suas trouxas na saída do Palácio do Planalto.